Associação Portuguesa de Tracção Animal
III Semana da Gestão Agroflorestal Sustentável
Vimioso 2019
Nota introdutória
Vive-se hoje um momento em que o espaço rural e a sua dinamização surgem no centro do discurso dos agentes de desenvolvimento e decisores políticos, apontando-o como um meio privilegiado e de oportunidades para a implementação de novos projetos, nomeadamente por gerações relativamente jovens, não só de origem local mas também de origem urbana, instruídas e com intervenções dinâmicas.
O desenvolvimento rege-se agora por princípios económicos mas também ambientais e sociais, onde se procura um equilíbrio entre o crescimento económico das regiões, o aumento da qualidade de vida das populações, mas também a criação e implementação de modelos integrados e sustentáveis de gestão do território.
Os territórios rurais são assim entendidos como espaços abertos de potencialidade económica, e portanto, sistemas que devem ser valorizados numa perspetiva de produção sustentável do sector agroflorestal, que integre e respeite a cultura e as tradições locais, que valorize e potencie os recursos endógenos e que caminhe para uma gestão correta e cuidada dos recursos naturais, incluindo o solo, água, a paisagem e os recursos genéticos autóctones (vegetais e animais), para o benefício desta e das gerações futuras.
É nesta lógica que o Município de Vimioso, em conjunto com a Associação Portuguesa de Tracção Animal - APTRAN, a Associação ALDEIA, o Centro de Investigação de Montanha - CIMO e a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança, em colaboração com a SPCF - Sociedade Portuguesa Ciências Florestais, promovem a III Semana da Gestão Agroflorestal Sustentável, a decorrer em Vimioso entre os dias 10 e 15 de Abril de 2019.
Pretende-se com esta iniciativa contribuir para o desenvolvimento desta região transfronteiriça, enquanto parte integrante da recentemente criada Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica. Na génese da Semana da gestão agroflorestal sustentável surgem os mesmos princípios que a UNESCO recomenda aquando da criação de uma reserva da Biosfera: conciliar a atividade humana e a preservação do património natural e cultural com um desenvolvimento socioeconómico sustentável da região.